“Our love has changed… It’s not the same...”
Continua. Tu sabes que sim, tu conheces o resto.
Mas achas que continua verdade? Sinceramente, eu acho que não.
Eu disse que ia ser bom, ia ser fácil. A distância ia ajudar os reencontros. Não íamos ter tempo para guerras. Eu ia olhar para ti e esquecer tudo o que me incomoda. Mas já não consigo. Já não é igual. Tens dado provas disso, constantemente. Não somos só nós, a falar e a ouvir, a partilhar com gosto. Eu acho que falo e que não me ouves. Acho que tu falas e que já só te ouço “porque sim”. E não faz sentido.
E por mais que me apeteça sair deste sufoco, ir lá fora gritar tudo, chamar-te e explodir, com tudo o que me vai na alma, sei que iria deitar tudo a perder se o fizesse. E por isso aguento.
Mas mantenho-me fiel à promessa que fiz. Estou a “compartimentalizar”, a racionalizar, a guardar na gaveta aquelas coisas que me incomodam e sobre as quais não me posso debruçar agora. Sublinhado no “agora”.
Porque eu quero debruçar-me sobre este assunto. Eu preciso. Já me disseram para deixar correr. Eu deixei e não deu resultado. Desta tem mesmo que ser. E não sou só eu que o digo. Por isso espero. Espero até poder dizê-lo acompanhada.
Não penses nisto como um ataque, mas antes numa chamada à realidade. É o que os amigos fazem.
E peço-te, por favor, que esperes também. Não é muito. Não é metade do que tive que esperar.
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