quinta-feira, 30 de novembro de 2006

R.E.S.P.E.C.T.

Respeito
Respeito-me a mim
Respeito-te a ti
Respeito o próximo
Respeito o igual
E respeiro o diferente
Respeito o conhecido
E o desconhecido também
Respeito quem gosto
E quem desgosto também.
Respeito o que percebo
Respeito o que não percebo
Respeito o que não é para perceber
Respeito, poque quero ser respeitada.
E no final do dia, nem custou assim tanto.

Margarida Feijó
23-11-2006

sábado, 18 de novembro de 2006

Desculpa, mas só agora é que me inspirei!

Tu eras aquele que ia comigo, quando mais ninguém queria, nos típicos e tão conhecidos dias de nevoeiro daquela praia, que é só nossa, da qual tanto gostamos, mergulhar e nadar, naquela água fria, que só nós aguentamos, e naquelas ondas, tão parecidas com os nossos cabelos, que competiam para saber quais os mais longos.
Só por isso, um grande obrigada!


Ao Manel, "amigo de todas as gerações", que nos (ME) deixou (há algum tempo) de quem me lembro, e me faz falta!



Margarida Feijó
18-11-2006

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

À menina do diploma que tem um relógio igual ao meu.

Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traze tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado!
Mãe!
Passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede!
Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me ao teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe!
Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Como a mesa.
Eu também quero ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe!
Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
A invenção do dia claro - Almada Negreiros
Não há dúvida que foi o melhor da festa! Não te esqueças de mim, que eu não me esqueço de ti. (=