sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Tempo.

"Tudo neste mundo tem seu tempo;
cada coisa tem sua ocasião.
Há um tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir;
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar;
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de odiar
tempo de guerra e tempo de paz. "


Obrigada Carminho.
Chegou o meu tempo. De quê? Acho que vamos ter que esperar para ver...!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Hoje

Passaram segundos. Passaram dias. Passaram séculos espontâneos desde o meu último suspiro. E hoje é dia. Hoje não existem máscaras que corroem a agonia de sentir. Hoje não existe perdão capaz de soltar o grito efémero da saudade. Hoje estou diferente, sinto-me diferente, ouço de maneira diferente. Hoje é dia de voltar a escrever por gosto. Hoje é dia de voltar a soltar suspiros carentes de palavras. Não atingi, porém, o topo. Não estou no limiar da felicidade, nem cobiço mais do que este estado de nostalgia, que não é mais do que um misto de serenidade e contentamento. Eu tenho-te. Eu sei que te tenho todos os nossos dias. Eu sei que posso sempre recorrer ao que uns dizem ser "O Segredo", e tu voltas como que instantaneamente a assaltar a minha alma, só tu e eu, sós. Não acredito que não penses em mim dez segundos por dia. Não acredito que me troques por programas evasivos ou por listas de compras rabiscadas em três tempos. Não posso sequer consentir que não amas tudo isto no que me tornei, e por isso, hoje é dia de ter certezas. Deixei de desenhar ressentimentos, deixei de pintar as minhas telas bolorentas em tons frios e sinuosos. Esqueci fobias antigas, esqueci olhares insignificantes e acabei de esquecer as "bocas" daqueles que para mim nada representam. Hoje, hoje é dia de me entregar de corpo e alma a um novo rumo, um rumo traçado numa folha de linhas, com uma caneta azul, e com a tua mão a segurar na minha.



Aos vinte e cinco de Agosto,
Ricardo Leitão.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Colega.

A família é para estas coisas. E tu és família, não duvides!
Vimo-nos duas vezes, mas isso basta-me para seres da família.
Aliás, bastou a primeira. Uma primeira vez em que poderia estar mais distante, mas que deu para te cconhecer (e gostar) !
A segunda já serviu para te ver diferente.
Vi-te distante do teu mundo, mais próxima do deles. Não sei ao certo em qual me incluir. E pelo mesmo motivo, não sei o que te dizer. Estou numa posição um bocado neutra.
Sou só uma miúda de 17 anos. Não sei ao certo o que dizer. Não sei se há alguma coisa para dizer. Mas eu sei o que é quando o mundo não faz sentido! E por isso, sei ouvir. Aquilo que precisares de dizer, podes dizer-mo. Podes gritar-mo aos ouvidos ou sussurar-mo. De qualquer forma, estou aqui. Além dos ouvidos, tens sempre um ombro!
"Colega", a família é para isto mesmo!

História

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you
I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
Yeah you do and I was made for you
You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through but you do
And I was made for you...
Brandi Carlile

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Aquele vazio.

Tu foste e deixaste um vazio. Era um vazio que eu achava que tu preenchias na perfeição. Mas não, é óbvio que não. Nunca, mesmo com todo o teu tamanho, poderias, na tua pequenez, preencher aquele espaço. Agora vejo isso.
Mas isso é passado.

Depois de muito tempo a tentar fechar um capítulo, encontrei a minha solução. Ironicamente, aconselhando sobre fechar capítulos.

Não posso forçar um capítulo a fechar-se. Não me posso obrigar a esquecer-te... Aliás, esquecer não é propriamente o termo. Li algures "Não digas que esqueceste - diz apenas que já consegues falar sem chorar"! Não te quero esquecer, nem tudo aquilo que passámos, bom ou mau, porque tudo isso me ajudou a crescer. E não posso simplesmente ignorar tudo aquilo que aprendi. Quero, acho que sim, que me sejas indiferente. Neutralizar-te, para poder avançar com a minha vida.

O que quer que eu queira, não interessa muito. Não me consigo obrigar a nada. Concluí que os capítulos têm uma maneira de se fecharem sozinhos. Nós nada podemos para acelerar o processo. Lentamente, o tempo passa, a mente ocupa-se com outras coisas, outras pessoas, e, quando damos conta, há coisas que já não têm a mesma importância. Simplesmente, estão lá no fundo, quietinhas...Até que, um dia, (espero eu) deixam de estar! Espero eu, porque sei que há sempre alguma coisa - uma música, uma expressão, qualquer coisa - que as catapulta para a frente, mais uma vez. E aí, recomeça o processo. No entanto, já reparei, cada vez mais fracas, estas memórias já não têm o mesmo impacto. E torna-se cada vez mais fácil empurrá-las para o seu canto. E cada vez mais próximo está o dia em que, sem darmos conta disso, elas vão-se.

Mas é assim, não podemos obrigar um capítulo a fechar-se. Resta-nos esperar. Ele há de se fechar sozinho.

Hoje, olho para mim e vejo que já esperei demais. Acho que o meu tempo de espera está a chegar ao fim. Estou-me a aproximar novamente daquilo que era.

Aquela miúda que chegava sorridente, fizesse chuva ou sol. A primeira a mergulhar no (gélido) mar de Moledo. Aquilo que eu julgava ter perdido, está a voltar a mim. Só ainda não consigo chorar nos filmes. Perdi a minha lamechiçe.

Vai daí, deve estar só adormecida!