sábado, 5 de julho de 2008

Dia 2

Hoje acordámos às 9h30. Ainda não são horas de se acordar em férias, mas teve que ser.

Apanhámos o avião para Dubrovnik, onde vivemos uma cena semelhante a um filme americano: estava lá um homem à nossa espera, que nos levou até uma carrinha, onde nós entrámos, e fomos levadas até um parque de estacionamento, onde íamos ter com uma senhora...

O caminho para a cidade velha, onde nós ficámos, é lindo, porque é mesmo na costa.



No dito parque de estacionamento, conhecemos Anita, co-proprietária do "albergue" onde ficámos. Não é uma senhora, mas uma rapariga nos seus 20 e tais.

Fomos, com ela, por umas escadas bastante íngremes e com degraus assaz estreitos, até ao pequeno prédio onde são os apartamentos. Enquanto nos instalavamos, apareceu a irmã (mais velha, diria eu, mas não perguntei), Ivana. Quem as visse, não diria que são relacionadas. A não ser o facto de falarem extremamente rápido (croata, entre elas, note-se!), são completamente diferentes. Uma loirinha e a outra morena, são a água e o vinho. Foram as duas muito simpáticas e atenciosas. Sugeriram-nos dar uma volta pelas muralhas da cidade velha e um passeio de barco até uma das ilhas, além de indicarem uma praia e um bom restaurante. Nós, no entanto, fomos primeiro espreitar a avenida principal. Andámos um bocado por lá, até que, num quelho, bem à sombrinha, encontrámos o "Barracuda", uma pizzaria muito simpática.

Ah, o livrinho da minha mãe diz que as pizzas croatas são muito boas, chegando a ser postas no mesmo nível das italianas! Afinal é mais típico do que eu pensava!

Depois de almoço, fomos dar uma volta pela avenida principal, até uma das portas de entrada na cidade velha. Mas o calor era tanto, mesmo à sombra, que resolvemos ir até à praia. Fomos até o apartamento vestir a roupa de banho e pegar nas toalhas e partimos à descoberta da dita praia. Praia que vendo bem não se pode chamar praia. Não tem areia! Só pedras!

De qualquer forma, deu para um bom banho... Refrescámo-nos e passado um bocado voltámos para "dentro", para o interior das muralhas. Demos uma volta e sentamo-nos numa esplanada, com águas e sumos de laranja, com pombas a circular por entre os pés da cadeira.

Apesar de o relógio da torre mostrar que já passava das 18h, estava muito calor.

Depois do suminho, voltámos para casa, para tomar um bom banho. Ainda estivemos meia hora no apartamento antes de sair para jantar. Resolvemos seguir o conselho das nossas anfitriãs e ir ao Moby Dick. Só que, até lá chegarmos, tivemos que passar por outros restaurantes. E, em todos, havia um(a) funcionário(a) que se levantava para perguntar se queríamos sentar para comer ou beber qualquer coisa.. É um bocado chato, mas eles lá têm que fazer "propaganda"...

Depois do jantar, visto que já estava mais fresco, fomos dar mais uma voltinha. Fomos à avenida principal comer um gelado, espreitámos umas ruelas e umas praças de comércio e voltamos para trás. Pelo caminho, parámos num Internet Caffé, só para verificar que o mundo não estava a ruir e nós de férias!

Voltámos para o apartamento e ligámos a TV. Divertimo-nos um bocado, saltando do Espanha - Russia para uma Anatomia de Grey legendada em croata. A Anatomia ouvia-se, o jogo via-se. Já agora, parabéns a Nuestros Hermanos. Já que a taça não vem para cá, ao menos que vá para perto... Agora para a Alemanha, a "nova Grécia", o nosso calcanhar de Aquiles, é que não!

26-06-2008

Dia 1

Bom, para falar verdade, este devia ser o dia 0,5!


Passo a explicar.

O despertador tocou às 3h30. Não são horas decentes, mas ele tocou. E lá nos levantámos. Às 4h10 estávamos a entrar no taxi e às 4h30 (após nos cruzarmos com, no máximo, 5 carros) chegámos ao aeroporto Francisco Sá Carneiro. Ainda tivemos tempo para dar algumas voltas. Apesar de estar meia adormecida, reparei numa placa engraçada:


A quem não for possível seguir "a informação visual", não é possível ir a lado nenhum, visto que Braille também não há!

A partir daí, foi uma autêntica montanha russa. Levantamos vôo às 6h05 e aterramos na Portela ainda antes das 7h. Ao desembarcar, reparei que tínhamos voado num avião chamado "Florbela Espanca". Apesar do sono, resolvi registar o nome de outros aviões que consegui ver: Luís Vaz de Camões, João XXI, Padre António Vieira, Infante D. Henrique, D. Afonso Henriques e Teófilo Braga.

Desembarque, tranferências. Levantamos novamente, a bordo do "Gago Coutinho", ao bater das 8h, para aterar em Bolonha às 10h40 (11h40 hora local). Estivemos cerca de meia hora dentro do avião, à espera, e partimos em direcção à última paragem - Zagreb. Aterrámos às 13h locais (meio-dia português). No aeroporto, estava o meu tio à espera. Ao que parece, hoje é o feriado nacional, o 10 de Junho Croata, o que lhe permitiu ir ter connosco! Entrar no carro foi um alívio, pois estava um calor insuportável lá fora, e o ar condicionado nunca foi tão bem vindo!

Fora o calor, Zagreb é uma cidade bonita. O caminho para casa permitiu observar que tem uma parte "nova", da década de 60, semelhante a outras cidades da actualidade, apesar de muito cinzenta. Mas bastou um modesto túnel para nos transportar até ao século XIX, com prédios antigos, em cores da terra e janelas enormes. Passados poucos minutos, avistámos um sinal bastante familiar - a bandeira nacional. Chegámos a casa!


Depois de conhecer a casa e nos instalarmos, fomos almoçar uma pizza (eu sei, que típico!). Depois do almoço, propunhamo-nos a ficar em casa, a ler, mas acabamos por acompanhar os meus tios ao golf. Enquanto eles jogavam, nós ficámos sentadas à sombra (o que não nos impediu de suarmos as estupinhas), a beber água e a fazer palavras cruzadas... Eram já 19h quando viemos para casa. Fomos tomar banho e tratar do jantar. Comemos cedinho, porque, além de nos termos levantado cedíssimo, amanhã partimos para Dubrovnik.

25-06-08