sábado, 4 de junho de 2011

Olha só..

Olha só...
Olha só para a nossa rua.
A Minhotinha foi-se.
A tabacaria da Mª do Céu está vazia e para alugar.
O Cochicho vai pelo mesmo caminho...
O Centro Comercial parece (ainda mais) uma daquelas cidades abandonadas no Faroeste, só falta a bola de palha a passar e as portas do Saloon a ranger.
Está tudo tão diferente.

Olha para mim! Sentada no teu lugar. Em todos os teus lugares. É ridículo. E eu não sei ser como tu. Não sei! Não sei escolher o que vai ser o jantar, não sei manter a casa e não tenho grande jeito para a condução! (É verdade, finalmente...Mas eu também sempre fui a mais descoordenada das 3!) Não tenho a tua serenidade nem a tua sensatez. Estou sempre no limite. De alguma coisa. Da euforia. Da depressão. Da apatia.

E está tudo a mudar demais. E para variar, maldita a hora em que nasci sob o signo da indecisão, não sei para que lado me virar!

E não há racionalidade que me impeça de sentir uma espécie de conforto quando te imagino novamente a peguilhar com o Avô Luís ou a tomar café com o Avô Rui... O mesmo conforto que sinto quanto penso num reencontro entre o Avô e o tio Álvaro, entre ti e os teus padrinhos... Tantas saudades de tanta gente!
Pode ser o maior disparate pegado, mas até eu sinto alguma inveja, também eu gostava de estar . Algures, "noutra dimensão". Ou talvez só na minha imaginação.

Eu vi as lágrimas que te encheram os olhos quando viste a nossa Luísa do Pinto a chegar. Mas sei que a recebeste de braços abertos.

Mas isto está a ficar demasiado difuso. Estou à chapada com a minha racionalidade. O certo é que tu não estás aqui e eu não gosto disso! Tenho tantas saudades tuas! E tenho tanto medo de não conseguir ser como tu, apesar de tanta gente agora me dizer que sou tão parecida contigo...



Começou no dia em que acordei com isto.

E ainda não acabou.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

3/6/2011 - 01:33


Leite com Suchard cheira a Verões em Vilar