sábado, 30 de dezembro de 2006

Deu-me!

I never thought one day you'd be gone,
away forever more
No one can say, no one could explain why you were taken
[...]
It's time to say goodbye
Block out the sun and pack up the sky
Don't let my tears start to make you cry
Each time I try to say my goodbye
[...]

Goodbye - The Corrs

[...]
I don't forget you
Oh it's so sad
I hope you can hear me
I remember it clearly

The day you slipped away
Was the day I found
It won't be the same
[...]

Slipped Away - Avril Lavigne

How can I just let you walk away?
Just let you leave without a trace?
When I stand here taking every breath with you
[...]
How can you just walk away from me?
When all I can do is watch you leave?
'Cause we shared the laughter and the pain
and even shared the tears
[...]
I wish I could just make you turn around
Turn around and see me cry
There's so much I need to say to you,
So many reasons why
[...]

So take a look at me now
'Cause there's just an empty space
And there's nothin left here to remind me
just the memoryof your face
Take a look at me now
[...]

Against all odds - Phil Collins

Para já, só me lembrei disto. Talvez mais tarde, ouça outras coisas que te tragam à minha memória, por mais que eu não queria. Mas por agora, é só isto.

Margarida Feijó
30 e 31/12/2006


quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Capuf!


Foi-se. Morremos. O "nós" foi assasinado. Eu sei disso. Tu sabes disso. Ou pelo menos, devias saber. Afinal de contas, és tu o culpado deste homicídio. Sim, porque também deves saber que não foi natural. Foi forçado. Tu forçaste! Voçês forçaram. E não tinham esse direito. No entanto, não hesitaram em pôr em práctica o vosso meticuloso plano, aparentemente inofensivo, mas que , agora, me atira à cara, com todas as forças, todos os vestígios da vossa premeditação. É, sem dúvida,cruel.

Agora vivo com o medo das nostálgicas memórias ("mas por que raio é que eu tenho tão boa memória?!") de tudo o que passámos, que me assaltam variadíssimas vezes durante o dia. Porque é que tenho tantas histórias para contar, e porque é que estás sempre lá? Porque é conseguiste avançar sem mim e porque é que eu não consigo esquecer-te definitivamente? É INJUSTO. Vivo dentro da música, dizendo "Realmente, foi isto que aconteceu. Está tudo dito!" Não quero. Quero paz, sossego, para mim e para os meus. Para quem me ajudou. Para quem apanhou os meus bocados e voltou a colar-me. Para quem está aqui comigo, e me merece no meu melhor, que eu já não consigo dar.
E tenho pena, de não poder dar a quem quero o melhor de mim, porque o gastei contigo. NÃO É JUSTO. If I knew then what I know now! Teria tudo sido diferente. Menos rancor. Menos raiva. Menos lágrimas.Quiçá melhor, mais pacífico. Sim, teria sido bem melhor!


Margarida Feijó
20-12-2006

sábado, 2 de dezembro de 2006

Porque, um dia, alguém grande me disse...


"Porque parar de sonhar é morrer"



E esse alguém foi a minha
queridíssima Betty, a quem dedico todo este pensamento.
Fica a saber que te adoro!
O sonho. Eu sonho. Sonho muito. Mesmo quando não estou a dormir. Sonho com um mundo melhor que este, onde não há violência, nem aquecimento global, nem fome, nem pobreza, nem crianças abandonadas. Eu sonho que posso fazer a diferença. Eu sonho alto. Eu sonho com uma Utopia. Sonho, porque sonhar faz bem. Sonhar dá-me esperança, que um dia, todos os males do mundo acabem, que as hipocrisias e as superficialidades sejam banidas da sociedade de uma vez. Sonho. Simplesmente, sonho. Porque sonhar nunca fez mal a ninguém. Porque sonhar dá-me força para viver. Força para seguir em frente. E além disso, "Parar de sonhar é morrer"
Margarida Feijó
02-12-2006

Pedra Filosofal.


Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é Cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida.
Que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.
António Gedeão

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

É simples.

Oh, Oh
Im not missing you
Been through just about everything that I could go through
When it comes to relationships
Dont know what I was missing or why I aint listen
When I told myself that was it
Now here I go, hurt again
Cause of my curiousity
Now that its over
What else could it be he just had to cheat
I made a promise never to settle
Why didnt I keep it?
Cause I hated the heartbreak
Crying and cheating, the fooling around
(But) Im not missing you
Im not going through the motions
Waiting and hoping you call me
I'm not missing you
You might have had me open
But I must be going because
I got life to do
I know I'm usually hanging on
I used to hate to see you gone
But this time its different
I dont even feel the distance
Im not missing
Im not missing you
Its a shame in a way cause
I feel that I may not ever find the right one for me
Did I leave him, is he right in front of my face oh
Will my true love ever be?
Why would I go on a search again
When I know what the end will be
What good is love when it keeps on hurting me?
I made a promise never to settle
Why didnt I keep it?
Cause I hated the heartbreak
Crying and cheating, the fooling around
No I cant be with you
Cause I'm scared felt like I was falling when you left me
I cant keep going through life
Unaware of what I missed
And the person I could be
Love's good when its right
And when it's left in your memory
All the times I let you down
I guess love will be nice for someone elses life
I'm not missing you!
I'm not going through the motions
Waiting and hoping you call me
(I'm not missing you)
You might have had me open
But I must be going because
(Oooh I got life to do)
I know I'm usually hanging on
I used to hate to see you gone
(I use to hate it!)
Oh different, feel the distance
I'm not missing
I'm not missing you
I'm not missing you - Stacie Orrico

E foi assim...

Era eu, eras tu. No fundo, eramos nós. E eles. Pois, eles também eram, e estavam lá. Tudo era perfeito, tirando os momentos em que era imperfeito. Pensando bem, eram vários os momentos imperfeitos, e longínquos os perfeitos. Mas sofrendo daquela cegueira, parecia-me tudo perfeito. E seguiamos assim. Até que parte deles ficou para trás. E tu disseste "Agora somos só nós!" e eu acreditei. Eramos, na teoria, nós. E aí, os outros apareceram. Tu nem gostavas assim tanto deles. Mas mudaste. Eles vieram e tudo mudou. Eu já não era. Eras tu. Tu, alguns deles, e os outros. Mas tu, já não eras a mesma pessoa. E desiludiste-me. "I never thought you'd be the one that would decieve me!" Mas foste. E fomos ficando. Cada um para o seu lado. E eu acordei. Agora não gosto de ti. Não és a pessoa que conheci. Nem eles. Nem nunca fomos o que eu julguei que tinhamos sido. Sempre foi uma fantasia minha. Sempre tinham sido só vocês.

Agora são vocês. Não me importo. Porque agora, eu faço parte de um nós. Um nós perfeito. Nós completamonos. Vocês são tristes. Dá pena olhar. São superficiais, e orgulham-se disso. Nós até somos meias esquesitas, mas somos juntas! Digam o que disserem, nós somos! E com prazer. Agora vocês...bem podem ir pentear macacos, que eu estou pouco importada. Porque agora, tirando os momentos em que estão vocês, eu sou feliz. Já não sou cega. Abri os olhos, acordei. Custou, mas acordei. Graças a muitas pessoas que me aconselharam e ouviram. E estou-lhes agradecida.

Margarida Feijó
1-12-2006

Tá..? Para que fique claro!

I don't need a
I don't need a man, I don't
I don't need a man
I'll get me through
'Cause I know I'm fine
I feel brand new
I don't need a
I don't need a man,
I don'tI don't need a man
I'll make it through
'Cause I know I'm fine
Without you!
I don't need a man to make it happen
I get off being free
I don't need a man to make me feel good
I get off doing my thing
I don't need a ring around my finger
To make me feel complete
So let me break it down
I can get off when you ain't around
Oh!
I don't need a man (I'm over you)
I don't need a man (I'm over you)
I don't need a man
(I'm without you)
(I'm over you)
I don't need a man
I don't need a man
I don't need a man
Excerto de I don't need a man, Pussycat Dolls

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

R.E.S.P.E.C.T.

Respeito
Respeito-me a mim
Respeito-te a ti
Respeito o próximo
Respeito o igual
E respeiro o diferente
Respeito o conhecido
E o desconhecido também
Respeito quem gosto
E quem desgosto também.
Respeito o que percebo
Respeito o que não percebo
Respeito o que não é para perceber
Respeito, poque quero ser respeitada.
E no final do dia, nem custou assim tanto.

Margarida Feijó
23-11-2006

sábado, 18 de novembro de 2006

Desculpa, mas só agora é que me inspirei!

Tu eras aquele que ia comigo, quando mais ninguém queria, nos típicos e tão conhecidos dias de nevoeiro daquela praia, que é só nossa, da qual tanto gostamos, mergulhar e nadar, naquela água fria, que só nós aguentamos, e naquelas ondas, tão parecidas com os nossos cabelos, que competiam para saber quais os mais longos.
Só por isso, um grande obrigada!


Ao Manel, "amigo de todas as gerações", que nos (ME) deixou (há algum tempo) de quem me lembro, e me faz falta!



Margarida Feijó
18-11-2006

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

À menina do diploma que tem um relógio igual ao meu.

Mãe!
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei!
Traze tinta encarnada para escrever estas coisas!
Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado!
Mãe!
Passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!
Eu vou viajar.
Tenho sede!
Eu prometo saber viajar.
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um.
Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa.
Depois venho sentar-me ao teu lado.
Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe!
Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado!
Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa.
Como a mesa.
Eu também quero ter um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe!
Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade!
A invenção do dia claro - Almada Negreiros
Não há dúvida que foi o melhor da festa! Não te esqueças de mim, que eu não me esqueço de ti. (=

sábado, 21 de outubro de 2006

Às minhas meninas.

Muito obrigada! Vocês fizeram de ontem o melhor aniversário de sempre. Cada uma à sua maneira, a minha maneira preferida. Adorei (quase) todos os momentos... Quase, porque nos choveu em cima, e houve outros precalços...MAS - o preenchimento das fichas... as dedicatórias no individual... os abraços de compaixão...e acima de tudo, os sorrisos. Sorrisos...muitos sorrisos à minha volta. O vossos sorrisos! Fizeram com que tudo, mas mesmo tudo, valesse a pena.

Obrigada!

Margarida Feijó
21-10-2006

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Abraço.

Abraço.
Melhor gesto do mundo.
Maior que o aceno, maior que o beijo, o abraço é a demonstração da pura amizade, da saudade, do carinho.
O abraço é aquela coisa!
Um abraço parece nada...mas no fundo, o abraço é tudo.
Basta um abraço para nos sentirmos bem.
De alguém maior pela protecção.
De alguém mais pequeno pela força.
De alguém de quem sentimos falta por nos lembrar porque é que sentimos a sua falta.
São os meus preferidos.
Um longo abraço, basta. Melhor que mil beijos.
Qualquer problema apaga-se, face a um bom abraço, se for da pessoa certa!
Um abraço forte, para o caminho...até à próxima!
Dois corpos, juntos. Os braços crescem. O coração bate com mais força, ao mesmo tempo, mais tranquilo.O sorriso surge nas nuvens. União.






Não há duvida - o abraço é o meu gesto preferido.



Margarida Feijó
18-10-2006 (véspera de fazer 16 aninhos)

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Só para saber.

When you first left me
I was wanting more

When you first left me I didn't know what to say
I never been on my own that way, just sat by myself all day

I was so lost back then
But with a little help from my friends
I found a light in the tunnel at the end
See you messed up my mental health
I was quite unwell
Excertos de Smile - Lilly Allen

Vício da música.

Era eu a convencer-te de que gostas de mim,
Tu a convenceres-te de que não é bem assim.
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.
Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar p'ra esconder a saudade,
E eu a esconder-me do que não se dizia.
Afinal...
Quebramos os dois afinal.
Quebramos os dois...
Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.
Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na cor que trazias.
Afinal...
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois...
Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxares-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam
,Ao silêncio dos lábios que nos mata.
Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.
Não nos tocamos enquanto saías,
Não nos tocamos enquanto saímos,
Não nos tocamos e vamos fugindo,
Porque quebramos como crianças.
Afinal...
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois afinal,
Quebramos os dois...
É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora.

Toranja - Quebramos os Dois

domingo, 8 de outubro de 2006

Gosto de ti...

...porque me fazes rir.
...porque me divertes.
...porque me animas.
...porque és doida como eu.
...porque estás sempre aqui.
...porque me ajudas.
...porque partilhamos tudo.
...porque te abres comigo.
...porque me abro contigo.
...porque é giro chatear-te.
...porque tem piada gozar contigo.
...porque moras mesmo ao lado.
...porque sim.
...porque és a Mariana.
...porque és minha irmã, e isso, muda tudo.


Para a irmã mais adoptada do mundo!

Margarida Feijó

08/10/2006

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Quem diria?

You took my hand
You showed me how
You promised me you'd be around
Uh huh
That's right
I took your words
And I believed
In everything
You said to me
Yeah huh
That's right
If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them up
Cause they're all wrong
I know better
Cause you said forever
And ever
Who knew
Remember when we were such fools
And so convinced and just too cool
Oh no
No no
I wish I could touch you again
I wish I could still call you friend
I'd give anything
When someone said count your blessings now
For they're long gone
I guess I just didn't know how
I was all wrong
They knew better
Still you said forever
And ever
Who knew
Yeah yeah
I'll keep you locked in my head
Until we meet again
Until we
Until we meet again
And I won't forget you my friend
What happened
If someone said three years from now
You'd be long gone
I'd stand up and punch them out
Cause they're all wrong and
That last kiss
I'll cherish
Until we meet again
And time makes
It harder
I wish I could remember
But I keep
Your memory
You visit me in my sleep
My darling
Who knew
My darling
My darling
Who knew
My darling
I miss you
My darling
Who knew
Who knew
Who Knew - P!nk

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Raiva.

Estou farta. Nada corre bem! Quero fugir, mudar de planeta. Ficar longe de ti. Ficar longe de vocês. Não aguento mais. Estou perdida. E tudo o que faço, vocês tentam impedir-me. Qual é o vosso problema com a minha felicidade? E depois de tudo o que eu já fiz... Mereço mais, sei disso. Qunato mais não fosse, um obrigada, e um bocadinho de respeito, que é muito lindo e não ocupa espaço! Estou cheia de raiva acumulada. E anexada, uma tristeza quase infinita, uma desilusão aparentemente interminável. É triste quando as pessoas a quem dedicamos o nosso tempo, a nossa amizade, o nosso carinho e a nossa compreensão nos apunhalam pelas costas. Quando no usam e deitam fora, como uma caneta descartável. E principalmente depois de tudo o que eu já fiz por voçês....por nós, na altura. Ali nós 4...inseparáveis, ligações inquebráveis. TRETAS! À primeira oportunidade viraram costas. Burra que sou. Olho para trás, e tudo faz parte de um plano, muito bem arquitectado por sinal. Eu falo com pessoas hierarquicamente superiores, eu faço uma cartinha, eu meto a pobre vitima no papel de circulação interna, eu acabo a minha missão, eu sou dispensada. ÉS O ELO MAIS FRACO - ADEUS! Isto não é maneira de se tratar uma pessoa! Agora, temos pena. Mesmo que esses corações frios se arrependam (o que eu duvido ser possível) fica já aqui o aviso: não perdoo. Podem vir de joelhos, a fazer o pino, aos pinotes, de avião...Não me interessa. Não se interessaram por mim, agora voçês não me interessam.

Agora, aos meus Amigos, só peço calma. Um pouquinho de calma. Tenho de voltar a aprender a confiar nas pessoas, aprender a ser uma pessoa normal, que durante quase um ano, não fui. Isto não é facil. Ainda sinto um pouco de medo. Mas estou a caminhar para refazer a minha vida. OBRIGADA

domingo, 17 de setembro de 2006

Imaginem.


Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today...
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world...
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will live as one
Imagine - John Lennon

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Meia Década (e um atraso de 3 dias)

Atraso de 3 dias. Este post era para ser feito no dia 11/9.
Meia década. 5 anos se passaram desde os atentados terroristas ao World Trade Center, ao Pentágono, e a tentativa à Casa Branca. 5 anos, é muito tempo. Todos nós envelhecemos 5, longos ou curtos, anos.

Lembro-me daquele dia. Eu tinha 10 anos, prestes a entrar no 6º ano, e estava em casa. Ainda não estávamos em aulas, e tive a oportunidade de acompanhar as noticias em directo. Não prestei muita atenção. Fiquei chocada, mas não liguei muito ao assunto. Sabia que tinha acontecido e que era irreversível, nada mais.

Agora, olhando para trás fico confusa. Admira-me que alguém tenha uma mente tão distorcida que consiga conceber um projecto tão maquiavélico como o desvio dos aviões de 11 de Setembro de 2001! Magoa-me pensar que vivo num mundo em que há pessoas tão vingativas e fanáticas. Numa palavra, é triste.

Mas incrivel é o que 5 anos fazem a uma pessoa. Vendo bem, é imenso tempo, e todos nós vivemos vários períodos de 5 anos. A vida é mais comprida do que parece.

Margarida Feijó
14-09-2006

terça-feira, 8 de agosto de 2006

O segredo está no café...!

Um professor diante da sua turma de filosofia, sem dizer uma palavra, pegou num frasco grande e vazio de maionese e começou a enchê-lo com bolas de golfe. A seguir perguntou aos alunos se o frasco estava cheio. Todos estiveram deacordo em dizer que sim.
O professor pegou então uma caixa de fósforos e vazou-a para dentro do frasco de maionese. Os fósforos preencheram os espaços vazios entre as bolas de golfe. O professor voltou a perguntar aos alunos se o frasco estava cheio, e eles voltaram a responder que sim.
De seguida o professor pegou uma caixa de areia e vazou-a para dentro do frasco. A areia preencheu todos os espaços vazios e o professor questionou novamente se o frasco estava cheio. Os alunos responderam-lhe com um sim em coro.
O professor em seguida adicionou duas chávenas de café ao conteúdo do frasco e preencheu todos os espaços vazios entre a areia. Os estudantes riram-se.
Quando os risos terminaram, o professor comentou:
- Quero que percebam que este frasco é a vida. As bolas de golfe são ascoisas importantes, como a família, os filhos, a saúde, os amigos, as coisas que vos apaixonam. São coisas que mesmo que perdêssemos tudo o resto, a nossa vida ainda estaria cheia.
Os fósforos são outras coisas importantes, como o trabalho, a casa, o carro,etc. A areia e tudo o resto, as pequenas coisas. Se primeiro colocamos a areia no frasco, não haverá espaço para os fósforos,nem para as bolas de golfe.
O mesmo ocorre com a vida: Se gastamos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas, nunca teremos lugar para as coisas que realmente sãoimportantes. Prestem atenção às coisas que realmente importam. Estabeleçam as vossas prioridades, e o resto é só areia.
Um dos estudantes levantou a mão e perguntou:
- Então e o que representa o café?
O professor sorriu e disse:
- Ainda bem que perguntas! Isso é só para vos mostrar que, por mais ocupada que a vossa vida possa parecer, sempre há lugar para tomar um café com um amigo!

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Mudança.

A mudança é necessária. Tão necessária, que se não somos nós a fazê-la, ela "faz-se" sozinha. A mudança tem vontade própria. E o que nos leva a querer contrariar essa vontade da mudança, é o medo da mudança. Podemos estar bem, e temos medo de ficar mal, ou podemos até estar mal e ter medo de ficar pior.
A verdade é que a mudança assusta. E espertos são aqueles que a temem. Mas o mais importante é quem muda connosco. Há aqueles que mudam tanto que se afastam, e aqueles que pouco mudam e ficam a ver os outros mudar. É o meu caso. Não sou a única. Mas sinceramente, olhando para trás um ano, vejo-me na mesma, mas num ambiente completamente diferente. Novas amizades, velhas amizades fortalecidas, velhas amizades abatidas. Eu sou a mesma. Será que não mudei? Então porque é que todos que me revêem me dizem "Estás tão grande!" ,"Cresceste!" e até "Estás tão diferente!"! Será que vêem por dentro? Será que tudo o que passamos se reflecte no exterior. Talvez, e eu não dei por isso... Sinto que este ano que passou me deixou na mesma, mas ao mesmo tempo, sinto que vivi muito mais que nos outros anos! Posso afirmar que foi um ano curto, mas intenso. Mas fico feliz por ver que agora sei quem é realmente importante para mim, e acima de tudo, para quem eu sou importante!
Margarida Feijó
07-08-2006

domingo, 2 de julho de 2006

Sem Título.

I open my eyes
I try to see but I'm blinded
By the white light
I can't remember how
I can't remember why
I'm lying here tonight
And I can't stand the pain
And I can't make it go away
No I can't stand the pain

How could this happen to me?
I've made my mistakes
Got no where to run
The night goes on
As I'm fading away
I'm sick of this life
I just wanna scream
How could this happen to me?

Everybody's screaming
I try to make a sound
But no one hears me
I'm slipping off the edge
I'm hanging by a thread
I wanna start this over again
So I try to hold onto
A time when nothing mattered
And I can't explain what happened
And I can't erase the things that I've done
No I can't

How could this happen to me?
I've made my mistakes
Got no where to run
The night goes on
As I'm fading away
I'm sick of this life
I just wanna scream
How could this happen to me?

I've made my mistakes
Got no where to run
The night goes on
As I'm fading away
I'm sick of this life
I just wanna scream
How could this happen to me?

Untitled, Simple Plan

Porquê?

Dúvida.

A dúvida mantem-se. É apenas um resumo resumido, não escrito por mim.

I understand your point of view letting me go
But I thought you had more faith
Everything I've done for you
You made the mistakes and now you throw this in my face
And I have worked so hard for you all of this time and you cast me aside
I understand your point of view

But I can't seem to get my head around
All the things that I feel good about always seem to disappear
And every time I think I've got this all worked out
Something chews me up and spits me out
But there's nothing left to fear
I'm better alone my dear

You couldn't pick a better time to give me the news
Why don't you kick me when I'm down?
I'd always believed in you
Defended your name but you have not been true
I gave you so much of my life
I've compromised and you tell me goodbye
You couldn't pick a better time

And I can't seem to get my head around
All the things that I feel good about always seem to disappear
And every time I think I've got this all worked out
Something chews me up and spits me out
But there's nothing left to fear
I'm better alone my dear

I know I really should thank you for setting me free
It's really amazing the changes I'm starting to feel
It's not gonna be long till I'm fit and strong
Deliverance helped me heal still I wonder if you ever wish you still had me

Will I ever get my head around
All the things that I feel good about that always seem to disappear
When every time I think I've got this all worked out
Something chews me up and spits me out
But there's nothing left to fear
No No No
I can't seem to get my head around
All the things that I feel good about that always seem to disappear
No No
And every time I think I've got this figured out
Something screws me up and drags me down
But there's nothing left to fear
I'm better alone my dear

Better Alone, Melanie C
O título é a dúvida. Obrigada a não sei bem quem pelo meu dom de adaptar todas as músicas à minha vida!
Margarida Feijó
02-07-2006

sexta-feira, 30 de junho de 2006

Vozes.

Não, não estou a ouvir vozes dentro da minha cabeça. É apenas um pequeno espaço dedicado a todas as vozes que me aconselham. Acabam sempre por me baralhar ainda mais, mas são vozes extremamente atenciosas, que merecem ser ouvidas.


"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...


A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe


Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...


Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos,
arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...


Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.


Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...


Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...


Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!


Cântico Negro, de José Régio
Não vou afastar as minhas vozes, apenas quero dizer que há decisões que tenho que fazer sozinha, e quantas mais vozes, mais difícil se torna essa tarefa.
Margarida Feijó
30-06-2006

quinta-feira, 29 de junho de 2006

Dúvida do dia.


Perdoem-me o erro no título, pois as dúvidas são mais que muitas. O pior (ou o melhor, dependendo do ponto de vista) é que apenas uma é "essencial", as outras, vêm por acréscimo.
Então cá vai: avançar na vida, com problemas pendentes no passado. ??. Deve-se ou não?
(Perdoem-me mais uma vez, mas vou ter de falar em linhas gerais para ser mais sucinta. Pôr nomes baralha muito.)
As pessoas dizem-me que devo avançar. Mas, com assuntos pendentes, não sei se deva. Até porque, se houver, nem que seja ínfima, a hipótese de resolver os ditos assuntos, posso alterar o caminho que iria percorrer, caso avançasse demasiado cedo. É um assunto para manejar com cuidado.
Relativamente aos problemas... Tantas opiniões! Cada um diz da sua justiça, mas acabam de se formar dois grupos à minha volta. O grande e impetuoso grupo do "Anda para a frente. Esquece. Salta para outra" e o pequeno e discreto "Conversa. Precisas das pessoas. Tenta resolver tudo." Há uma maioria, mas não sinto que deva ir com ela, visto que é formada por opiniões mais pessoais. A pequena minoria, é a "voz da razão", que eu, há uns tempos, não queria ouvir, mas que neste momento faz muito mais sentido.
Quero agradecer a todas estas vozes. Este choque de ideias à minha frente faz-me pensar, e, acima de tudo, faz-me bem, pois podendo às vezes as pessoas parecer mais brutas, é apenas porque, lá no fundo, se preocupam comigo. Obrigada Vozes.
Já estou farta de formular hipoteses do que pode acontecer, dependendo dos caminhos que tomar. Se ficar aqui, no era e não era, andava lavrando, será que tenho hipótese de remediar as coisas? Será que devo remediar as coisas? QUERO remediar as coisas? Complicado.
Já concluí que sem tomar esta grande decisão, não tomo mais nenhuma. Preciso de pistas!
Agora, se andar para a frente, é mesmo sem olhar para trás, e esquecendo uma existência de 5 anos passados. Começar uma nova vida, com novas pessoas. Renascer. Abrir um novo capítulo. Mas será que estou preparada? Voltando à questoão do destino (ver Revolta.) será que o destino me deixa avançar, ou vai continuar a atravessar à minha frente certas e determinadas pessoas? Nesse caso, quer dizer que errei ao avançar e que tenho outra hipótese de remediar as coisas?
É uma decisão a ser tomada só por mim, mas, sinceramente, não estou a conseguir. . .
Estrelinhas do meu caminho, AJUDEM-ME! Borboletas e BigFoot's, ajudem à festa. Preciso de uma mãozinha!
Margarida Feijó
29 e 30-06-2006

quarta-feira, 28 de junho de 2006

Tu...

... que me fazes pensar.
... que me fazes a cabeça em água.
... que me deixas triste.
... que me fazias feliz.
... que num minuto me ignoras.
... que noutro minuto lembras-te de mim.
... que não te exprimes.
... que não dizes tudo.
... que és indiferente.
... que me deixas na dúvida.
... que me fazes chorar.
... que me fazes sorrir.
... que me abandonaste.
... que não estás aqui comigo.
... que não me deixas dormir em paz.
... que surges, clandestino, nos meus sonhos.
... que eu vejo viver sem mim.
... que eu vejo sofrer sem mim.
... que eu gostava de ajudar.
... a quem eu gostava de contar tudo.
... a quem eu não posso contar nada.
... que acordas as minhas boas memórias.
... que adormeces os meus fantasmas.

Sinceramente, tu deixas-me sem palavras.


Margarida Feijó
28-06-2006

domingo, 25 de junho de 2006

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades..

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saüdades.

O tempo cobre o chão verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, em mim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se casa dia,
outra mudança faz de mór espanto:
que não se muda já como soía.

Luís de Camões
Só mesmo nas férias é que me dá para pegar no livro de Português. Abençoadas férias e abençoado livro!

Vai-te poesia.

Para a Marta, que me quer encher de poesia!


Vai-te, poesia!

Deixa-me ver friamente
a realidade nua
sem ninfas de iludir
ou violinos de lua.

Vai-te, poesia!

Não transformes o mundo
descarnado e terrível
num céu de esquecer
com mendigos de nuvens
famintos de estrelas
e ferias a cheirarem a cravos
- enquanto os outros, os de carne verdadeira,´
uivam em vão
a sua fome de cadelas
e de pão.

Vai-te, poesia!

Deixa-me ver a vida
exacta e intolerável
neste plantea feito de carne humana a chorar
onde um anjo me arrasta todas as noite para casa pelos cabelos
com bandeiras de lume nos olho,
para fabricar sonhos
carregados de dinamite de lágrimas.

Vai-te , poesia!

Não quero cantar,
Quero gritar!


Vai-te, poesia! de José Gomes Ferreira
Vivam as aulas de Português!
Muito obrigada por poesias tão moldadas a mim!

terça-feira, 20 de junho de 2006

It always takes a little help from someone.



O mundo é feito de gente. A gente é feita de carbono e azoto e tudo o resto. Porque é que há tantas diferenças? Ah, e tal, é a natureza! Pois, eu as diferenças naturais e genéticas eu até entendo. O que eu não entendo são as diferenças que as pessoas criam, inventam, não se sabe bem por que motivo. O problema é que quem as cria, rende-se a elas. É horrível. Depois as pessoas acabam afastadas, por vezes pacifica e naturalmente, por vezes chateadas, graças a diferenças forçadas e subordinantes.
As pessoas são esquesitas por natureza. Esquecem-se do que têm à sua disposição e resolvem agir como se isto fosse o tempo dos australopitecus, ou mesmo a escola primária. Em vez de se comunicar normalmente, grunhe-se um bocado, amua-se não se dá explicações. Ou entao, apenas um seco "não quero mais ser tua amiga". É muito mais fácil, como é óbvio! O problema é que a sociedade actual se habituou a comunicar, e a prestar satisfações aos insatisfeitos. A consequência é que estes australopitecus actuais se juntam em bandos enormes para nos massacrar. Uns perfeitos paus-mandados. Por vezes questiono-me acerca das opiniões próprias. Será que todos as têem? Será que só alguns é que têem e os outros limitam-se a imitá-los? Ou como é que é? Somos formigas grandes, e o que nós fazemos é seguir a formiga da frente? Bem, de uma maneira ou de outra, decidi abandonar o carreiro. A formiga-mãe vai ter que se desunhar sem mim.

O que nos safa neste mundo doido, são aqueles diferentes iguais a nós...essas estrelinhas, que nos guiam, e ajudam quando precisamos. Aquelas pessoas que estão sempre lá, mesmo que não estejam. Aquelas com as quais sabemos que podemos contar. Por isso mesmo, antes de agradecer a mais alguém, quero agradecer à minha estrela Martinha, por estar sempre aqui dentro, mesmo que não esteja aqui fora. Também um obrigada às borboletas da minha vida. Sim, essas pessoas que passaram pacificamente, mas que deixaram boa impressão, e um pequeno rasto de felicidade atrás de si. Por fim, aos BigFoot's do mundo, que insistem em passar, deixando grandes pegadas, ou, por vezes, pisando os outros. Definitivamente, todos me marcaram, e daí este obrigado alargado. Aos bons, aos maus, aos assim-assim, aos lembrados, aos esquecidos, aos que estão perto, aos que estão longe...Obrigada Mundo!
Margarida Feijó
22-06-2006

sábado, 17 de junho de 2006

Ser Lusitano.


Ser Lusitano... é ser descendente de Viriato, de D. Afonso Henriques, D. João Mestre de Aviz, Nun' Álvares Pereira, Vasco da Gama, Diogo Cão, Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa, Gil Vicente e de muitos outros, que não me ocorrem de momento... (não devem estar por ordem cronológica, visto que sou nula a História, mas fica a ideia)

Ser Lusitano é ter uma História para contar, uma Revolução para lembrar, uma Tragédia para chorar.

Ser Lusitano é ter honra e orgulho em tudo o que é Português. É apoiar a nação, incondicionalmente, abdicando do que for preciso pelo bem da mesma.

Ser Lusitano não é só pôr a bandeira na varanda, ou na janela, durante os campeonatos de futebol.

Ser Lusitano implica o honrar o grandioso passado, mudar do turbulento presente, e criar um melhor futuro.

Ser Lusitano não é ficar sentado à espera que os políticos resolvam as crises.

Já dizia Luís de Camões:

As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram Novo Reino,
que tanto sublimaram.

Ser Lusitano é lutar.

Ser Lusitano é sentir saudade.

Ser Lusitano é ser único.


Margarida Feijó
17-06-06

quinta-feira, 15 de junho de 2006

Divagações de uma mente perdida.





Hoje sugiro que visitem utopiabw.blogspot.com - segundo a autora, significa Utopia Better World, mas gosto de considerar Utopia Black and White. Não por ser mais "politicamente correcto" mas se o mundo real é feito de cores, porque é que a Utopia também não o pode ser?


Hoje é feriado - Corpo de Deus. Fui baptizada, mas fiquei por aí. E hoje, chego à conclusão que não sei o significado deste feriado. Deste, e de muitos outros. E como eu, também muita gente não deve saber. Mesmo assim, não deixa de ser um feriado para mim e para todos esses. Hoje, não há pessoas na escola, e poucos são os que trabalham (se calhar, trocaram com outro feriado, do qual também não sabem o significado. Quem sabe? É possível!). Nunca pensei, mas todos os religiosos practicantes devem sentir-se injustiçados. E, de certa forma, têm razão. Eu também me sentiria injustiçada. No fundo, estamos a "celebrar" algo que não nos diz nada, rigorosamente nada! Simplesmente, não tem lógica.


Margarida Feijó
15-06-06

quarta-feira, 14 de junho de 2006

Quando a chuva passar.

P'ra quê falar, se você não quer me ouvir?
Fugir agora não resolve nada.
Mas não vou chorar, se você quiser partir.
As vezes a distância ajuda.
E essa tempestade um dia vai acabar.
Só quero te lembrar,
De quando a gente andava nas estrelas,
Nas horas lindas que passamos juntos.
A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza
A nossa história não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja,
Eu sou o Sol.
Eu sou céu e mar.
Eu sou céu e fim,
E o meu amor é a imensidão.

Só quero te lembrar,
De quando a gente andava nas estrelas,
Nas horas lindas que passamos juntos.
A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza
A nossa história não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja,
Eu sou o Sol.
Eu sou céu e mar.
Eu sou céu e fim,
E o meu amor é a imensidão.

Quando a chuva passar,
Quando o tempo abrir,
Abra a janela e veja,
Eu sou o Sol.
Eu sou céu e mar.
Eu sou céu e fim,
E o meu amor é a imensidão.

Ivete Sangalo - Quando a Chuva Passar

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Viver sempre também cansa.

Viver sempre também cansa

O Sol é sempre o mesmo e o céu azul
ora é azul, nitidamente azul,
ora é cinzento, negro, quase-verde...
Masnunca tem a cor inesperada.

O mundo não se modifica.
As árvores dão flores,
folhas, frutos e pássaros
como máquinas verdes.

As paisagens também não se transformam.
Não cai neve vermelha,
não há flores que voem,
a lua não tem olhos
e ninguém vai pintar olhos à lua.

Tudo é igual, mecâncico e exacto.

Ainda por cima os homens são os homens.
Soluçam, bebem, riem e digerem
sem imaginação.

E há bairros miseráveis sempre os mesmos,
discursos de Mussolini,
guerras, orgulhos em transe,
automóveis de corrida...

E obrigam-me a viver até à Morte!

Pois não era mais humano
morrer por um bocadinho,
de vez em quando,
e recomeçar depois, achando tudo mais novo?

Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses,
morrer em cima dum divã
com a cabeça sobre uma almofaada,
confiante e sereno por saber
que tu velavas, meu amor do Norte.

Qundo viessem perguntar por mim,
havias de dizer com o teu sorriso
onde arde um coração em melodia:
"Matou-se esta manhã.
Agora não vou ressuscitar
por uma bagatela."

E virias depois, suavemente,
velar por mim, subtil e cuidadosa,
pé ante pé, não fosses acrodar
a Morte ainda menina no meu colo...


"Viver sempre também cansa" de José Gomes Ferreira, in Militante

Revolta.

Sinto-me revoltada.
A vida é mais difícil do que eu pensava, e isso "come-me" por dentro. Era bom... ir vivendo, e deixar viver...mas não o podemos fazer. No nosso subconsciente, há algo que nos diz que temos que mudar as coisas. Mas porquê?

E as pessoas?
As pessoas são estranhas, não expõem as suas verdadeiras intenções. Deixam-me baralhada.
É muito confuso ser-se pessoa, principalmente pessoa em formação. São muitas coisa, e falta de tempo (talvez até por nossa culpa).

E depois, há o medo. O medo que se sente quando se está a recuperar de uma queda: o medo de cair outra vez, ou pior, que nos empurrem. Um medo que nos persegue, todos os dias, quando menos é preciso, principalmente, ao fim de variadíssimas quedas.

Por fim, o destino. Será que existe? Será que afinal, aquele poder que o Homem tem de alterar o seu percurso é apenas uma forma de nos sentirmos bem connosco próprios? Será que quer escolhamos o caminho A ou o caminho B, iremos sempre dar ao ponto C? É obvio que ambos os caminhos apresentam os seus obstáculos... mas chego a conclusão que, se não tivesse sido assim, se calhar tinha sido de outra maneira, mas o resultado seria o mesmo. "If it wasn't this, it'd be something else." E volta o medo. Será que afinal não tenho assim tanto poder sobre o meu caminho? Estou dependente do caminho dos outros?

A vida é muito complicada. Preciso de tempo.

Margarida Feijó
09-06-2006

sábado, 13 de maio de 2006

Auto-retrato.

É um rosto na multidão, um rosto iluminado, aconchegado por cabelo, castanho-mel, irreverente e com uma vontade imensa de ocultar os olhos. Olhos esses, também castanhos e nos quais se nota, ao mesmo tempo, um grande sentido de responsabilidade e uma pitada de loucura, que são realçados por pestanas reviradas e escuras sobrancelhas. Na testa, o seu intitulado “Triângulo das Bermudas”, a única lembrança de um triste Verão, marcado pela varicela. Nas orelhas, sempre um par de brincos, baloiçando ao som das músicas, que, ao longo de manhãs, tardes e noites, insiste em entoar. Nas faces rosadas, já correram muitas lágrimas, resultantes de exaustivas gargalhadas. No nariz, pequenas sardas – lembranças de dias ao sol, na praia de Moledo. Nos lábios sempre um sorriso, acentuando todas as características do rosto. O queixo marcado por uma queda aos 4 anos.
O pescoço é o começo de um misto de simplicidades e diferenças, que se mantêm ao longo de todo o tronco. Braços firmes, que terminam em mãos pequenas e unhas roídas por uma ansiedade sem sentido. Pernas, não tão longas como desejado, acompanham um andar determinado e acelerado. Os pés, se possível, estão despidos e, livremente, correm sobre as pedrinhas do terreiro onde tanto tempo passou.
Por vezes, a sua persistência ultrapassa-a, transforma-se em teimosia e rapidamente perde todo o encanto. No entanto, não deixa de se esforçar por triunfar, e graças a essa persistência, consegue quase sempre. A alegria “cola-se" a ela do momento em que acorda, até que se volta a deitar. Por vezes, resolve fazer intervalos, deixando-a desamparada, mas apesar de tudo, Margarida continua a viver…e a sorrir.



Margarida Feijó
13-05-2006

Let it be.


Parece piroso, mas tudo (ou quase) o que ouço deste "antigos" diz-me muito...São musicas de outra altura, em que o que importava era cantar sobr o que nos ia na alma, e não outra coisa... Todas as letras são "words of wisdom" - "Let it be" é um dos meus temas preferidos ..simplesmente deixa ser!

"When I find myself in times of trouble
Mother Mary comes to me

Speaking words of wisdom,
let it be

And in my hour of darkness
She is standing right in front of me
Speaking words of wisdom,
let it be

Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom,

let it be

And when the broken hearted people
Living in the world agree
There will be an answer,
let it be

For though they may be parted
There is still a chance that they will see
There will be an answer,
let it be

Let it be, let it be
Let it be, let it be
Yeah there will be an answer,
let it be

Let it be, let it be
Let it be, let it be
Whisper words of wisdom,
let it be

Let it be, let it be
Ah let it be, yeah let it be
Whisper words of wisdom,
let it be

And when the night is cloudy
There is still a light that shines on me
Shine on until tomorrow,
let it be

I wake up to the sound of music,
Mother Mary comes to me
Speaking words of wisdom,
let it be

Yeah let it be, let it be
Let it be, yeah let it be
Oh there will be an answer,
let it be

Let it be, let it be
Let it be, yeah let it be
Oh there will be an answer,
let it be

Let it be, let it be
Ah let it be, yeah let it be
Whisper words of wisdom,
let it be"
Let it Be - The Beatles