domingo, 6 de julho de 2014

Mesmo sabendo



Mesmo sabendo que se calhar não eram os nossos preferidos, levaste-nos a ver os Cabeça no Ar.
Mesmo sabendo que as tuas filhas pré-adolescentes iam olhar de lado e dizer "Oh Mãe! Pára! Senta-te!" e pensar (sem dizer) "que vergonha", levantaste-te para cantar tudo o que sabias e para saltar tanto quanto podias.
Mas foi exactamente por saberes exactamente as filhas que tens que tudo correu assim.

Hoje ouço isto e olho para trás. Vejo a tua cara, vejo-te de pé, olhos fechados, braços abertos para o alto a cantar e nós, lentamente, a rendermo-nos à música e a juntarmo-nos a ti, à tua loucura e felicidade.

Hoje ouço esta música e relembro aquela noite de música maluca sempre a subir, no Rivoli.

Hoje descubro que esta é daquelas memórias que fazem com que tudo cá dentro se aperte de uma forma incontrolável e incontornável. Das que me marejam os olhos e me embargam a voz. O que só pode querer dizer que é das boas.

E se na altura não o fiz (o que é altamente improvável porque fui muito bem educada!) fica agora aqui o meu grito para o vazio - obrigada.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

5 years

5 years ago today, my cousin and I were on a plane to Brussels, doing things instead of thinking about them. It was quite the adventure! That day, I remember, I wrote about our journey in english, that being the reason I'm doing it again today.
It's baffling to see how much our lives have changed, how much we've lived and learnt and grown in the last few years. Some things are still the same, though. Tommy and I are still the older sibilings of two not-so-smoothly-tempered youngsters who give us worries and headaches, for instance, as well as moments of laughter and absolute nonsense.
But mostly, things have changed. Now, he lends me books and we talk about them. As I become more of an "old lady", he becomes a clever, witty, almost smart-ass boy, with a great sense of humor and an amazing prespective of what happens around him. And that just fills me up with pride and joy. Not that I had anything to do with it, but it's pretty amazing to see him grow.
And I know I cannot say this in public, especially to him, because he's a 15 year old boy and it would embarass him. But this is my little corner, and here I can say whatever I want. (Besides, no one comes here anymore, so I'm safe!) I love him so much. Although now I'm preparing to, one day, be asked to pick him up from his night out downtown at 3a.m., he will always be my little cousin, the first baby cousin I had, the one that baptized us as "pimas", the cute toddler that got all the family knowing the names of all possible dinossaurs.


Before I finish, I'd like to send out a huge THANK YOU to my dearest Aunt Isabel (wherever you are, Bela), who offered me said trip to Brussels for my 18th birthday. My days there are still one of my most cherished memories of you, second only to our summer of '07. I think I speak for all when I say we love you and miss you so much.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Project for Awesome 2013 - Results



Depois de partilhar o projecto, parece-me pertinente partilhar o resultado.
Depois de dois dias intensos de partilhas e votos por parte de toda a comunidade Youtube, a Foundation to Decrease World Suck angariou mais de 860 mil dólares. Pagas as despesas, são atribuídos $50.000 a cada uma das 10 mais votadas. (Clicar no nome para ir para a respectiva página oficial.)

1)The Harry Potter Alliance - "Dumbledore's Army for the Real World". Enough said.
2) This Star Won't Go Out - Fundação criada em memória de Esther Earl (uma nerdfighter e youtuber que perdeu a batalha contra o cancro aos 16 anos), que presta apoio a famílias com crianças com cancro.
3) Not Forgotten - uma associação que ajuda a alimentar e a ensinar crianças no Peru.
4) Save the Children - um pouco por todo o mundo, ajudam a melhorar a qualidade de vida das crianças.
5) Liberty in North Korea - o projecto que eu apoiei que tenta criar redes de contacto para libertar pessoas do regime Norte Coreano.
6) Childs Play - uma associação que leva todo o tipo de jogos a crianças hospitalizadas.
7) water.org - um projecto dedicado à água e a fazê-la chegar limpa a toda a gente.
8) The Thirst Project - como o anterior, um projecto focado em fazer chegar água potável a todo o mundo.
9) Partners for Mental Health - uma associação dedicada a apoiar pessoas que sofram de doenças mentais.
10)TECHO - uma associação de incentivo à construção de habitação/resguardo para pessoas que vivem na miséria na América Latina.

Quem fez as contas percebeu que só estão atribuídos 500 mil dos 860 mil dólares angariados. Posto de parte o necessário para produzir o "merchandising" (t-shirts, calendários e outras coisas encontráveis aqui na secção dos vlogbrothers, juntos e individualmente), a Foundation to Decrease World Suck atribui cerca de 200 mil dólares aos projectos seguintes - To Write Love on Her Arms - The Office of Letters and Light - The World Food Programme - Feeding AmericaThe Wayne Foundation - Pencils for Kids - Women for Women International - First Book - Kiva - Doctors without Borders.

Resumindo e baralhando, são 700 mil dólares distribuídos por 20 associações diferentes. Só me resta desejar-lhes boa sorte na sua batalha contra o world suck e, com as melhores das intenções, desejar que a sua existência seja menos necessária no próximo P4A!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Same Love

Hoje ouvi a história de uma menina psicanalista conhecida por "reverter" casos de homens que se separam das mulheres e saem de casa e saem do armário. Após uma consulta de 5h, os "pacientes" ficam prontos para voltar para as suas famílias, requerendo apenas uma pequena "manutenção" de 5 em 5 anos, aproximadamente.

Arrepiante não é uma palavra suficientemente boa para descrever a experiência que foi ouvir esta história.
A existência desta senhora, de pessoas que são persuadidas a consultá-la e de pessoas que a divulgam dá-me uma volta no estômago e comichões nas meninges. Estamos em 2014. Mas ainda há gente a viver no século dezoito. E ainda há quem se pergunte porque é que não estamos a andar para frente. This is it, ladies and gentlemen, this is it.

E portanto, hoje fica aqui Macklemore, para me lembrar que ainda há pessoas com boas ideias, pessoas que entendem os valores de igualdade, de amor ao próximo e de respeito.
E só assim posso adormecer com esperança.




"No freedom 'til we're equal. Damn right I support it."

sábado, 4 de janeiro de 2014

Tom Waits

But it's so hard to dance that way
When it's cold and there's no music
Well your old hometown is so far away
But, inside your head there's a record
That's playing, a song called

Hold on, hold on
You really got to hold on
Take my hand, I'm standing right here
And just hold on.



Tom Waits, Caetano Veloso e uma camisola quentinha - mas que Bela herança.
Parabéns, qualquer que tenha sido o destino deste ano!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Project for Awesome 2013



Lets support this project. All you need to do is watch this video and share it in as many ways as you can!
Vamos apoiar este projecto. Basta ver e partilhar o vídeo de quantas maneiras conseguirem!

About P4A
P4A is a community that's commited to share and support local and global charities, as well as to raising funds for such charities. At the end of the campaign (that is held anually on December 17th and 18th, since 2007), the top 10 most viewed/shared iniciatives get the money. I cannot ask you to contribute with your money, but I can ask you to share the video, hoping this iniciative makes it to the top10.

Sobre o P4A 
O P4A é uma comunidade que se dedica a divulgar e a apoiar acções de solidariedade social, assim como a angariar fundos para essas mesmas acções. No final da campanha (que decorre anualmente nos dias 17 e 18 de Dezembro, desde 2007) as 10 mais vistas/partilhadas recebem o que for angariado. Não posso pedir que contribuam monetariamente, mas posso pedir que partilhem o vídeo, na esperança de que esta iniciativa chegue ao top10.

http://www.projectforawesome.com/

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

(a propósito)

I am fundamentally an optimist. Whether that comes from nature or nurture, I cannot say. Part of being optimistic is keeping one’s head pointed toward the sun, one’s feet moving forward. There were many dark moments when my faith in humanity was sorely tested, but I would not and could not give myself up to despair. That way lays defeat and death.

Nelson Mandela
e eu subscrevo


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Kids React

Ben e Rafi Fine são dois irmãos que fazem vídeos e têm a particularidade de ter um dos maiores canais do YouTube, com 6 milhões de "seguidores". Eu incluída.

Ao longo dos últimos anos, os manos Fine ganharam fama pelos seus vídeos React. Primeiro com o Kids React, aos quais se juntou o Teens React e mais recentemente Youtubers React e Elders React. Estas pessoas são semanalmente confrontadas com vídeos da actualidade e é-lhes pedido que respondam a algumas perguntas sobre o que viram. Os vídeos apresentados vão desde vídeos virais a declarações de Obama. Celebridades, filmes, fenómenos pop, jogos, ninguém fica de fora. Nem os temas controversos.

Depois de há cerca de um ano os adolescentes terem reagido ao Bulliying e ao suicídio de Amanda Todd, agora os mais novos reagem ao casamento homossexual. Fica aqui o vídeo.



Não queria deixar passar esta oportunidade de aplaudir estes dois senhores pelo excelente trabalho que têm desenvolvido.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Por que lutar - Ana Luísa Amaral

Por que lutar?

É preciso fortalecer a esquerda, dizem as pessoas preocupadas com o país. É preciso mudar o rumo às coisas, travar estas brutalidades, estes atropelos à liberdade e aos direitos humanos, estas constantes impunidades. É preciso, diz-se. Mas não basta falar, nem queixarmo-nos. Para que as coisas mudem, é necessário agir. E agir não significa somente sairmos de casa e virmos para as ruas. Agir significa também, e neste momento mais do que nunca, usarmos a única arma que temos para lá das armas a sério. Essa arma é o voto.
O voto nesta candidatura significará virar o Porto ao contrário.
Votar neta candidatura é escutar a cidade, as suas freguesias, as pessoas que as integram, as iniciativas culturais que as animam. Um Porto mais ameno para as pessoas portadoras de deficiências, um Porto que apoie os teatros independentes e os eventos culturais, abrindo-os  públicos mais diversificados, um Porto verdadeiramente requalificado, do ponto de vista urbano, e não vergado a interesses económicos, que só entendem essa requalificação como estando ao serviço dos mais ricos. A requalificação urbana tem que estar ao serviço das pessoas.
No nosso programa, começamos por dizer que a cidade é "uma metáfora da democracia", nas suas várias dimensões individual e social, lírica e épica. Porque, como dizemos também, a cidade constitui o espaço produtor da cidadania e gerador da inovação; constitui, pois, "o húmus em que a democracia vive, progride e responde aos novos desafios".
Por isso falamos nós em felicidade, sublinhando que entendemos a sua procura como um direito a que todos têm direito. Da felicidade faz parte o espaço para a imaginação. Por isso nos propomos reinventar a cidade. Com a participação de todas e de todos. Por isso a nossa ênfase numa democracia participativa. Propomos dar a palavra aos cidadãos, através da discussão de orçamentos participativos e da promoção de referendos locais. E por isso ainda exigimos transparência nas contas públicas, através, por exemplo, da divulgação online de todos os documentos da Câmara relacionados com contratações, concursos e ajustes directos.
Esta candidatura acredita que virar o Porto ao contrário é ver e ouvir no avesso das coisas, é simplesmente defender aquilo que se lê numa das suas declarações: "transformar a cidade do Porto numa cidade boa para todas as pessoas viverem!" O mesmo que é dizer: mais justa. Ao serviço das pessoas. Um Porto onde "pacto" não signifique pactuar com os interesses instalados. Mas um Porto de pactos justos. Um Porto porto de abrigo. Um Porto que seja de facto, seu: dele, de si, Porto e de nós todos e todas. Das pessoas. Um Porto que promova a erradicação da pobreza e combata a desertificação, convidando as pessoas a habitarem-no e nele ficarem, felizes. Uma cidade aberta e cheia, não esvaziada de gente.
Por isso é tão fundamental votar. E é tão fundamental fazê-lo em pessoas que acreditam que acreditar no futuro passa por resistir às directrizes que têm vindo a governar esta cidade e que ameaçam continuar a fazê-lo, se não estivermos atentos. Nesta cidade de granito feita, não podemos deixar que o coração se transforme em pedra. Nem o pensamento, que caminha lado a lado com o coração. Acreditamos que as pessoas que vivem esta cidade sabem falar, se forem ouvidas. E por isso iremos lutar.
Ana Luísa Amaral


Tentei escrever algo acerca as eleições mas não consegui. Acabei por usar as palavras de Ana Luísa Amaral, espero que ninguém se chateie.
Tirei este texto de um jornal que tem sido distribuído em vários pontos da cidade, jornal esse que pertence ao movimento E se virássemos o Porto ao Contrário?, que apresenta (em conjunto com o BE) uma candidatura à nossa câmara, encabeçada por José Soeiro. Uma candidatura que eu apoio e que para mim significa transparência e inovação para a minha cidade. Tem o meu voto de confiança e espero que o de muitos mais. Se este texto não for suficiente para vos convencer, visitem a página oficial. 
Acima de tudo, peço que ninguém se abstenha. É importante participarmos na vida da nossa cidade, do nosso país, e o voto é a melhor ferramenta para mostrar o nosso agrado ou descontentamento em relação às políticas em vigor. (Já agora, se não for pedir muito, não se deixem enganar por candidaturas alegadamente "independentes", nem por promessas de obras que vão ser só para Inglês ver. Só vão servir para o Governo esfregar as mãos de contente, pois afinal o povo é manso e não está assim tão indignado com a situação calamitosa em que o país se encontra.)
Votem, votem bem, votem em consciência.
Um bem haja e prometo voltar! 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Português Maltratado

Sábado, numa qualquer feirinha de bric-a-bracs e bibelots, há uma Tia que diz "Então a menina pega no cinto e leva-o ao sapateiro. Depois pede-lhe a ele que faça mais uns furinhos!" Strike One.

Domingo, sentadinha no sofá a ver um filme qualquer e eis que nas legendas surge "A tua égua? Mete-a a ela ali dentro." Strike Two.

Domingo, novamente, umas horas mais tarde. No carro, a ouvir o PRIMO da Comercial: Markl e Palmeirim conversam com Sandra Barata Belo. Eis que a entrevistada diz "É como quando tens que estudar para um exame, não consegues deslargar o livro!". Strike Three.

Perdi a paciência.
Dois dias, três facadas.
Mais os "deia", os "vai vir", os "fáçamos", os "vareiam" e os "destroca" que se ouvem todos os dias, em todo o lado. O que raio está a acontecer à língua portuguesa? Já ninguém fala direito?!


domingo, 23 de dezembro de 2012



Tú, que me enseñaste a ser sincero,
sin temor a lo que pienso, evitando la mentira,
tú, que siempre has estado presente

y cuando no estaba la gente que tanto me prometía.


Ahora, que me he quedado solo,
veo que te debo tanto y lo siento tanto,
ahora, no aguantaré sin ti, no hay forma de seguir,así...


(ter o rádio do carro na Comercial não é só Mixórdia, às vezes dá nisto...)


quinta-feira, 29 de novembro de 2012



terça-feira, 20 de novembro de 2012

(aguardo sugestão)

Já aqui referi as pérolas de sabedoria que se encontram no facebook. Há coisas que nem vale a pena comentar. Há outras às quais não consigo deixar de reagir. Hoje descobri a imagem que se segue. Partilho também o que se me oferece dizer sobre ela.



É isso tudo! Muito bem! Parabéns a quem teve a ideia! Eu tenho mais umas! E que tal atirar mais lixo para o chão, para ser necessário contratar mais lixeiros?! E já agora, matar uma pessoa de vez em quando para dar emprego aos coveiros?! 

Por favor, um bocadinho de juízo! É preciso pensar no que se diz e no que se escreve! É preciso emprego, claro. Mas não são estes os postos de trabalho que queremos ver aumentados! 

Temos que querer mais e melhores escolas com mais e melhores professores, educadores, formadores! Queremos que a próxima geração seja humana, atenta, que se reja por valores de civismo, justiça e honestidade.
Devemos exigir mais hospitais com mais pessoal especializado. Temos direito a bons cuidados de saúde, independentemente de quem somos ou de onde vimos.
Queremos mais laboratórios para mais investigação científica. Enquanto houver doenças como o cancro, a sida ou a gripe, a matar milhares todos os anos, a Ciência não pode ser impedida de procurar curas!
Precisamos de mais tribunais, mais rápidos e justos.
Urgem mais teatros, mais espectáculos. A cultura não pode morrer!

E antes que me chamem elitista, por só querer "Senhores Doutores"...

É necessário investir no ensino profissional. Acabe-se com o preconceito de que só os burros é que vão para o profissional. Em todas as áreas são necessários técnicos competentes. Quando temos canos entupidos, vidros rachados, cadeiras bambas, chamamos técnicos, não engenheiros.

Temos que repensar o sector primário. Temos culturas mal aproveitadas, potenciais de exportação ignorados. A agricultura precisa de gente que perceba do assunto, que saiba o que é viável e como o alcançar. E isso, os engenheiros não conseguem sem uma pessoa da terra.

Não podemos desejar para nós mais empregos mal pagos. Temos que querer o melhor para nós, porque (e agora peço emprestado o slogan a já não sei qual marca de lacticínios) se nós não quisermos, quem quererá?

Eu percebo a boa intenção por trás do apelo da imagem. Entendo que, olhando à volta, uma pessoa veja estes postos de trabalho "fáceis" de criar. É só pensar que onde está uma máquina, antes estava uma pessoa e agora pode voltar a estar.

Mas temos que pensar mais longe. Só assim podemos aspirar a ser um país livre, justo e equilibrado.


(e agora título para esta coisa? "pá", aceito sugestões.
Margarida mais uma vez a usar o submarino para desopilar contra  as bestas do facebook 
e, quem sabe, para um pouco de serviço público...)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Forward!



He made it. Four more years!
I can't explain why but I feel safer knowing Obama will still be here for the next 4 years.
I think my heart is a little lighter today, I have one less thing to worry about...

domingo, 21 de outubro de 2012

October 19



"October 19 isn't just a date. It's a state of mind!"

Não podia concordar mais. Que bela data!

Da série Community, que eu por acaso não vejo
mas vou repensar a situação.
Thanks Pips :)

Agradecimento ao M.A.Pina

Raúl tinha um ioio
que ioioiava todo o dia
quando o Raúl fazia ó-ó
o ioio adormecia

E quando o Raúl chorava
porque o ó-ó não vinha
o ioio embalava
para baixo e para cima

Raúl dormia e sonhava
e quando sonhava sorria
porque o io-io ioioiava
nos sonhos que Raúl via

Manuel António Pina


Sem eu dar conta, Manuel António Pina ocupou um lugar cativo nas minhas memórias. Sendo autor de muitas das letras dos Gambozinos, esta parte da sua obra ainda mora comigo. Ainda me ouvem trautear A Ana Quer, O Pássaro da Cabeça ou esta música do Raúl, todos poemas que remetem para lembranças muito acarinhadas.

Não me quero despedir deste homem sem antes agradecer a enorme pegada na minha infância e o no meu crescimento. Obrigada, Manuel António Pina!


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

1,2,esquerda,direita. 1,2,esquerda,direita...


O Facebook é bom e o Facebook é mau. O texto que se segue foi "pescado" recentemente no facebook e reflecte perfeitamente os mais e os menos das redes sociais. Eu não me lembro de alguma vez ter lido algo tão escabroso. Mas também não me lembro de ter sentido este ímpeto para responder! Então, cá vai!

"Esquerda ou direita?
Quando um tipo de direita não gosta de armas, não as compra.
Quando um tipo de esquerda não gosta de armas, quer proibi-las.

Quando um tipo de direita é vegetariano, não come carne.

Quando um tipo de esquerda é vegetariano, quer fazer campanha contra os produtos à base de proteínas animais.

Quando um tipo de direita é homossexual, vive tranquilamente a sua vida como tal.
Quando um tipo de esquerda é homossexual, faz um chinfrim para que todos o respeitem.

Quando um tipo de direita é ateu, não vai à igreja, nem à sinagoga, nem à mesquita.
Quando um tipo de esquerda é ateu, quer que nenhuma alusão a Deus ou a uma religião seja feita na esfera pública, excepto para o Islão

Quando a economia vai mal, o tipo de direita diz-se que é necessário arregaçar as mangas e trabalhar mais.
Quando a economia vai mal, o tipo de esquerda diz que os sacanas dos proprietários são os responsáveis e param o país.

Teste final:
Quando um tipo de direita ler este teste, fá-lo seguir.
Quando um tipo de esquerda ler este teste, não o transfere de certeza.
NOTA: o original deste texto é em Francês.
Foi traduzido para português, para que os de esquerda também o pudessem perceber."

Ora bem, quando a minha contra-argumentação ficou pronta, o comentário deixou de ser relevante no dito post (que conta agora com 29 likes), visto que já tinha sido inundado de outros comentários. Infelizmente, apenas um concordante com o meu. Mas a discussão já tinha dispersado para outros assuntos. Meti a viola no saco e vim para aqui. E aqui estão os meus "bitaites".
  
Este tipo de argumentação falaciosa, se é que se pode sequer considerar como uma argumentação, é que leva as pessoas a escolher para o Governo cabrões (perdoem-me a expressão) como aqueles que nós lá temos agora. Venho aqui como esquerdista, assumida sem problema nenhum. Já estou mais que habituada a acusações de recalcamento, extremismo, ressabianço… O que me quiserem atirar – força!

As armas, de qualquer tipo, não são brinquedos. São perigosas e esse perigo é directamente proporcional à estupidez de quem a tem. Se é para caçar patinhos, meus caros, quero lá saber. Mas quando são usadas como ferramenta de opressão social e como auxiliares de uma vida criminosa, a sua circulação tem que ser controlada. Não basta confiar nas pessoas. Veja-se o exemplo dos grandes Estados Unidos da América, onde o porte de armas é tão vulgarizado e de onde semana sim, semana sim, nos chegam notícias de tiroteios em escolas e de atentados contra igrejas muçulmanas (ou simplesmente, não cristãs). Ora se não podemos proibir as pessoas de ter facas em casa, porque nunca vi bifes serem cortados com colheres, podemos controlar pelo menos as armas de fogo, que são bem mais letais. Não é uma questão de “não gosta e portanto proíbe-se”, é simplesmente uma questão de segurança pública.

A acusação que mais me incomoda no meio de todas estas, ainda é “Quando um tipo de esquerda é homossexual, faz um chinfrim para que todos o respeitem.”. Todos os Homens nascem iguais em direitos e deveres, diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E um dos direitos básicos de cada indivíduo é a liberdade, incluindo a liberdade de escolher quem quer amar. Se isso for motivo para desrespeito e discriminação, então sim, é caso para fazer a maior chinfrineira que se conseguir até lhe serem reconhecidos os mesmos direitos de que gozam os restantes indivíduos. O barulho feito em prol da igualdade entre os Homens NUNCA poderá ser classificado como “chinfrim”.

Relativamente à economia, há uma coisa muito importante a salientar – a responsabilidade. Foi incutido em todos nós, desde pequenos, o sentido de responsabilidade pelos nossos actos. Ora bem, é disto que se trata. Eu não acho que não se deva pagar as dívidas que temos. Mas acho que o pagamento deve ser justo. Não é tirar o pão da boca de uns (e acreditem que já há fome em Portugal, como já não havia desde o 25 de Abril de 74) enquanto os outros continuam a comer lagosta. Não me digam que quem come lagosta é porque trabalhou para tal, porque a fuga ao fisco é uma realidade em Portugal, tantas vezes ignorada mas que certamente, se controlada, taparia parte do buraco em que estamos metidos. Não se pode continuar a cortar nas reformas dos contribuintes que honestamente deram parte do seu salário à Segurança Social durante mais de 40 anos de serviço, com a garantia de que, quando se aposentassem, teriam direito a ele para manterem o seu nível de vida. Não se pode continuar a enxovalhar os professores, que são, afinal, os funcionários públicos mais importantes que um Estado tem. O objectivo aqui não é amuar. Não é um capricho. É uma luta pela justiça e pela igualdade.

Quanto à nota final, não mostra nada a não ser o sectarismo a que a direita nos vem habituando. Além de mais, é falso. Tanto eu como a maior parte dos esquerdistas que conheço, leriam este texto sem qualquer problema em Francês, assim como em Espanhol, Inglês e nalguns casos também Alemão e Italiano.

(Antes que caiam as acusações de que “quem cala, consente” em relação aos tópicos sobre os quais não me debrucei – vegetarianismo e religião – esclareço já que foi propositado, pois são ainda mais falaciosos que os restantes, visto que se baseiam meramente num conjunto de clichés, em estigmas, e não têm fundamento nenhum.)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

V for Vendetta



Não sei quem é que já viu este filme. Quem não viu, eu aconselho vivamente a ver. Ou rever, como foi o meu caso.

Que sirva de "inspiração" a quem ainda acha que "tem que ser como eles mandam" e a quem acha que tudo o que vem nas notícias é verdade...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Festança à Portuguesa




Pessoas aos gritos no meio da rua. Carros da Polícia. Agentes fardados. Multidões a olhar e a cochichar. Tiros. Crianças a chorar e cães a ladrar. Carrinhas da televisão por todo o lado.
Ok, estiquei-me. Risque-se da acta as crianças e os cães, era só a multidão. Também não houve tiros. E quando vim embora, não havia sinais da TVI...
No centro da acção estava um indivíduo, apanhado em flagrante delírio, digo, delito, que, em jeito de comício, gritava às multidões que assistiam "Meus Amigos, eu estou aqui por vocês! É pelo Povo que não abre os olhos!"
O dito Povo, sereno, assistia, comentava com o familiar do lado, explicava o que vira ao vizinho que acabava de chegar, criava teorias sobre o que se estava a passar.
Não interessa muito o que o homem fez ou não, quão alto berrava a mulher ou quantos elementos da Polícia estavam reunidos naquela, usualmente pacata, esquina. Tampouco interessa se a bota amarela foi pelo ar ou pelo chão, se a Guarda foi honesta ou se andava a brincar às escondidas. Também ninguém quer saber se as autoridades vieram em contra-mão ou não. O que se sabe é que já não se via um reboliço deste calibre aqui na rua desde do crime na padaria.
Mas mais que isso, diverte-me olhar para nós, "nós", Foz.
As boquinhas que eu já ouvi por ser "menina da Foz". Ui!, que chiques que nós somos. Nata da nata. Super bem.
E agora, olhem para isto. Tudo na rua, a ver o espectáculo! Já ninguém foi ao cinema naquela noite, o filme foi de tarde. Os almoços de Domingo das famílias tiveram todos direito a uma história daquelas que começa com "Vocês nem imaginam o que aconteceu na minha rua no outro dia!".
Somos tão parolos! Céus, vivemos a tentar escondê-lo, camuflamo-nos como conseguimos, enchemo-nos de aparato só para desviar a atenção de que somos todos iguais. E eu incluo-me. Não é com muito orgulho, mas confesso que, mal consegui parar o carro, voltei para o início da rua, afastei-me de casa para ir falar com quem conhecia, para ir ver mais de perto...
Não há Portuga que não goste de espectáculo à borla. Melhor ainda à porta de casa. E o fim de tarde daquela sexta feira quente de Maio naquele cruzamento da rua do Molhe é a prova dos nove.




quinta-feira, 17 de maio de 2012

Goodbye girls...

Ainda me lembro do dia em que era suposta estar a estudar para a Prova Global de Inglês de 9º ano. Lembro-me...porque não estudei.
Era Domingo, estávamos em Maio. O calor começava a sugar a minha, já de si pouca, vontade de estudar.
Depois do almoço, fiz o zapping habitual. Apanhei uma estreia na SIC. Deixa cá ver cinco minutos para ver o que é isto. Pareceu-me um bocado aborrecido, havia uma fulana a descrever o seu dia-a-dia como dona de casa nos subúrbios... Até que a dita Mary Alice resolve matar-se. Eh pá, mais cinco minutos, deixa ver no que isto dá.
Tudo isto me entusiasmava. Eu era suposta estar a estudar. Mas a televisão não deixava. Tudo parecia imensamente dramático mas havia uma ponta de comédia-  ainda estava para se mostrar mas era inegável. Mais cinco minutos.
Primeiro apareceu uma ruiva aprumadinha que trazia dois cestos de queques - um para o viúvo e o filho, o outro para oferecerem aos convidados. (Velório americano é todo um evento, já se sabe...) A comédia chegou quando ela frisou que quer os cestos de volta.
No instante seguinte era a loira que entrava pela piscina dentro para tirar de lá os seus 3 rapazes. Não, não tínhamos mudado de cena, ainda era o velório.

Não me lembro de muito mais, mas lembro-me que foi assim que as Donas de Casa Desesperadas chegaram.

Agora, 7 anos depois (13 anos em Fairview), depois de vários casamentos e divórcios, vários nascimentos e mortes e um sem fim de peripécias, as Donas de Casa vão embora. Chega a hora de me despedir da Bree, da Gaby, da Lynette e da Lois Lane. (Pois, peço desculpa, mas a Susan não convenceu...)


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Benetton Wedges








(Precisava de por estas imagens online)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Tricky English...




Parabéns, minha Tia Bela
és avó outra vez :)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

eu sei que vai ser sempre assim




um beijo para cada uma
com muito amor e saudade

domingo, 4 de dezembro de 2011

50-50

De todos os valores possíveis, de todas as probabilidades contidas no intervalo [0,1] (que, por sinal, é denso), ninguém diria que há uma melhor que outra. Dirão que depende da situação. A de ganhar o Euromilhões é demasiado baixa, a de ter um acidente em casa é demasiado alta. Mas se queremos convencer-nos que vai correr bem, dizemos que a probabilidade de correr mal é muito baixa, e isso satisfaz-nos. Por outro lado, gostamos sempre de apregoar quando há uma grande probabilidade de sucesso.
É isto, gostamos de usar as probabilidades a nosso favor. A bem dizer, gozamos um bocado com elas. O seu uso matemático e objectivo é deturpado, torna-se numa ferramenta psicológica de auto-motivação.

Mas, voltando à vaca fria, sim, há uma pior que as outras. O tão aclamado meio termo, em probabilidade, é uma merda. 50-50. Tanto pode cair para um lado, como para o outro. "No meio está a virtude", sim, mas não aqui. Não quando se trata de um estudo clínico.

Não, não é Anatomia de Grey no miolo. É investigação. Ou cusquice. Como lhe quiserem chamar.

No mês em que fui a Francos (sim, fui a Francos e Francos não deixa ninguém ter sombra de dúvida de que está em Francos. Desde a Rua Direita à Rua Principal, passando pela Rua Particular e pela Rua Central, todas elas são "de Francos". Não fiquem margem para dúvida!), onde já não estava há uma carrada de anos, andei também a planear uma visita. Mas primeiro, Francos.

Uma manhã estranha, com tempo a mais. Ainda circulei lá na zona, mas não encontrei o que queria. Está tudo demasiado diferente. Desisti, recolhi. Isolei-me. De jornal e bolachinha Maria, lá me sentei num banquinho. E os outros foram chegando. Grupos de amigos que vieram juntos, alguns com as Mães. Bastante foleiro, achei eu. Estamos a falar de adultos ou quê? Mas vai daí, se me dessem também essa oportunidade, eu não a agarraria? Com unhas e dentes, com certeza. E talvez tivesse corrido melhor. Talvez. Talvez não tivesse ficado sozinha a ver todos aqueles que tiveram sucesso saírem abraçados a alguém, a comemorar. Talvez tivesse sido amparada. Ou melhor, talvez tivesse alguém a celebrar comigo. Mas não, não foi assim. Saí e fui procurar o meu caminho. Na, agora desconhecida, zona de Francos.

O tempo passa, tudo muda e ainda assim tudo está na mesma.

Ai Burocracia, a quando obrigas! Chegou uma carta. Dos seguros. Agora querem um papel. Um certificado. Começou aqui o planeamento da visita. Pelos vistos, tinha que ir ao IPO. Não queria ir sozinha mas também sabia perfeitamente quem eram as pessoas que não levava comigo. Entre aquelas que detestam hospitais e as que ficariam demasiado emocionais... Lá me decidi e acabou por ser a chave para não ter de lá ir. Isto, agradeço à Carmo. Um telefonema e fiquei esclarecida. Uma (estranhíssima, diga-se de passagem) ida à Avenida de França e, numa questão de horas, ficou "tudo resolvido".

Mas na minha investigação, tentando descobrir onde teria que ir, naveguei à deriva no site daquele sítio. Passei entre os departamentos e os serviços. Encontrei os estudos. Quatro. São neste momento quatro os estudos a decorrer aqui, tão perto, para tentar curar a LLC. E estão lançados os dados para eu começar a disparar hipóteses. "What if...?" E se aqui estivesses. E se entrasses num deles. E se conseguisses o remédio, e não o placebo. "E se a minha avó tivesse rodas era um camião", eu sei.

Esta divagação tem perna curta. Chegando à última pergunta, a estatística deita-me por terra. 50%. Os estudos são cegos. A determinação de remédio/placebo é aleatória.

E portanto, retrocedo. À irreversibilidade do tempo. Volta a mim o peso da solidão. A repetição de imagens que tenho gravadas e das outras que eu inventei. A avalanche de sons, cheiros, memórias, que me invade. Sinto em mim um retrocesso enorme. Quero deixar-me cair e não levantar mais.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011






E por mais lame que isto possa ser, gostava de, um dia, saber ser assim
Como tu



segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Nice show, nice quote!

There are dreamers and there are realists, in this world. You'd think the dreamers would find the dreamers and the realists would find the realists, but more often than not, the opposite is true. You see, the dreamers need the realists to keep them from soaring too close to the sun. And the realists, well, without the dreamers, they might not ever get off the ground.

Modern Family


Achei que me assentava que nem uma luva...
(Por acaso começo a precisar e não sei das minhas! Oh tristeza!)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

o teu gelado de pêssego continua a ser um sucesso :)
beijo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Caetano

Caetano Veloso chegou até nós muito cedo. Lembro-me de ter para aí 10 anos e circular cá em casa Prenda Minha. A Mãe gostava e nós também. Depois Caetano sumiu, entre tantos outros.

Até que Caetano voltou. 2007. Naquele Verão louco e saboroso, a Isabel tinha no carro dois e apenas dois discos - um do Caetano e outro do Tom Waits. Inevitavelmente, estão agora eternamente associados.

Caetano é a Mãe e Caetano é a Isabel.

E eu hoje descobri que canta isto:


Não vejo mais você faz tanto tempo
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto

E nesse desespero em que me vejo
Já cheguei a tal ponto
De me trocar diversas vezes por você
Só pra ver se te encontro

[...]

Agora, que faço eu da vida sem você?
Você não me ensinou a te esquecer
Você só me ensinou a te querer
E te querendo eu vou tentando te encontrar
Vou me perdendo
Buscando em outros braços seus abraços
Perdido no vazio de outros passos
Do abismo em que você se retirou
E me atirou e me deixou aqui sozinho

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

should hurt less

E pronto, aí está. Pela segunda vez em menos de dois anos.
Pela segunda vez dou comigo a pensar, a dizer a mim mesma que havemos de ultrapassar isto e que quando o fizermos, tudo vai ser diferente. A nossa vida vai mudar. Não faz mal, porque nós vamos conseguir. Eu vou mudar, por ela. Vou acalmar, vou estar mais presente e vamos superar isto tudo.

E pela segunda vez, todos os meus planos saem furados, tornam-se obsoletos, ultrapassados.
(Want to make "God" laugh? Tell him your plans...)
Vejo-me obrigada a despedir-me de uma vida que ainda não vivi, de projectos que não concretizei, de alguém que amo desde sempre e que sempre acreditou em mim. Sinto-me a cambalear. A terra treme, desaparecem pilares, foge-me o chão. Estou rodeada de gente mas sinto que as minhas pessoas estão a desaparecer. Sinto um vazio do tamanho dos Sóis que são apagados.

Da primeira vez foi péssimo, mas senti tanta força à minha volta, tantos novos apoios, que acreditei que conseguia andar para a frente.

Agora, um desses apoios foge-me. Quando eu ainda precisava. Muito.

Não é justo. (Eu canso-me de dizer isto mas ainda não aprendi direito...) Também nunca ninguém disse que era, pois não? Não. Não é justo e pronto.


(1 mês no dia em que o grande Freddie faria 65 anos...)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

every minute

Last week I was supposed to be at a wedding.
I wasn't - the bride was missing.
The bride is still missing. And I miss her. Every day, every hour, every minute.

domingo, 28 de agosto de 2011

por favor espreitar a barra lateral

Paperback Writer ou Mariella, gentil e amarela.
Não sei o que é que ela prefere.
Mas para quem procurava a minha irmã, ela está aí.
Feijão esverdeado é o link, Centrifugadora o nome da página.