terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Sermão...

Vou "abusar" e recorrer ao "tu" mais uma vez... Já me deste "autorização", mas eu continuo a só conseguir fazê-lo por escrito.
Além do mais, a nossa língua é muito complicada para fazer o que eu quero em "não tu"...
Vou ralhar contigo, pregar-te um sermão! Por favor não leves a mal...

E porque é que vou ralhar contigo? Sabes muito bem...

Podes até não ter dado conta, mas estive até hoje a dar-te o "tratamento do silêncio". Inspirei-me nos teus rebentos! Eu sei que nestas alturas, "não-férias", o nosso contacto não vai muito além dos mails fofinhos que eu faço questão de passar às Amigas e aos Amigos... Mas a verdade é que nas últimas duas semanas não "falei" contigo.


Estive a "ruminar" no que havia de te escrever... No que havia de te dizer que fizesse sentido e talvez te fizesse repensar e, quem sabe, voltar atrás!

É estúpido. O que mais posso eu dizer, é estúpido! E é estúpido porque é um acto não saudável mas voluntário! Ou seja, é suicida! E o pior é que obriga todos os que estão à volta a assistir!


A minha Mãe pede-me para não ser "mais papista que o Papa", mas a verdade é que eu sempre me insurgi contra este tipo de "hábitos".

O Homem é um bicho.
Por mais avançado, inovador, racional, inteligente que seja, não passa de um bicho! E como bicho, tem fraquezas e corre riscos. E toda esta minha batalha contra o tabaco, não é mais do que o resultado da minha consciência desta fraqueza. Eu luto contra o tabaco (entre outros), é certo. Recuso-me a experimentar por saber que me faz mal. E mesmo quando toda a gente diz "É só provar", eu recuso. Porque no fundo, tenho medo, não quero correr o risco de gostar...

A minha pergunta é - Para quê experimentar algo que facilmente vicia e que nos pode fazer tanto mal?

Por isso é que eu digo que é estúpido!

E por isso, gostava que parasses. E sei que não sou só eu!
Eu e todas as pessoas que gostam de ti gostavam que parasses esse processo lento de auto-destruição. (Dramático, exagerado, eu sei.. mas é a melhor maneira...)
Porque, sim, eu gosto imenso de ti! Adoro os nossos lanches, as histórias que todos contam, os sorrisos por todo o lado! Admiro-te por teres criado 3 filhos espectaculares e ainda teres arranjado tempo para ser um bocadinho minha Mãe também.
Regressando à realidade - eu sei que agora se calhar é difícil parar... É um processo complicado. E as opiniões divergem... Há os (demasiado) decididos que abandonam de um momento para o outro e os ainda um bocado agarrados que preferem ir deixando. Qualquer um deles tem os seus prós e contras. O maior contra é que nenhum nos garante ser definitivo.
Se for demasiado rápido, podem surgir "arrependimentos" e com isso, regressões no processo.
Se for demasiado lento, pode ir esticando, esticando... e nunca mais acabar.
Não interessa. Independente do método que preferires, eu estou disposta a ajudar-te. Há agora um método novo - o método da Margarida:
Sempre que pensares num cigarro, manda-me uma mensagem! Nem que seja a dizer "Olá"!
Eu prometo que respondo! (Eu tenho fama pelas minhas super-mensagens-super-motivadoras!)
É um bocado mania minha querer tomar conta de toda a gente... Mas não é exactamente toda a gente. Há certas pessoas por quem sinto que vale a pena tudo! Tudo vale a pena - mandar 40 mensagens por dia, ficar acordada até tarde a escrever, correr meia cidade...! E és sem dúvida uma dessas pessoas! (Aqui está a prova)
Com tudo isto, só quero dizer - Ganha juízo! E conta comigo!

2 comentários:

  1. Querida "filha" adoptiva:
    Que dizer dp disto td. Claro que tens razão! Mas nem sp a vida é fácil e serve ás vezes um bocadinho de escape qd o stress aperta.
    Aliás disse aos meus filhos que ter recomeçado era um erro e q n era exemplo p eles. Mas não sou super-mulher nem mt menos super-mãe.
    Faço o que posso e o que melhor sei p eles e por aqueles q gosto mas tenho "desvios" c qqr outra pessoa.
    Qt ao deixar completamte, será p já dificil. Mas prometo que reduzirei e sp que o acender lembrar-me-ei de ti e dos meus que me dizem: não fume, mãe.
    E promete-me que não ficas zangada comigo, nem deixas de cá vir, nem de rir connosco! Isso é que nos fará falta.
    Um bj gr e ob p preocupação e amizade demonstradas.
    Benedita

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  2. Há um soneto do qual fazes parte, e cujo nunca vou conseguir escrever. Não lamentes o facto de eu não o conseguir escrever. Alegra-te pelo facto de ele existir, simplesmente.

    As palavras serão SEMPRE o "porto seguro onde me abarco, e rebato em ti nefasto".


    Estou aqui. Sempre estive.

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